Este é um blog onde dou a conhecer a minha poesia e assuntos relacionados com pessoas com deficiência

segunda-feira, 19 de março de 2012

Como quem sente


“Como quem sente”


Quem sente como eu sinto
O sentir da solidão
Quem não sente diz que minto
Para esses o meu perdão

Sinto que não há mundo
Como quem sente um vazio
Sinto-me num poço sem fundo
E na alma um arrepio

Neste descalabro sem fim
Eu tenho medo deste sentir
Já não sei o que sinto em mim
Que só quero da solidão fugir

Mas fugir para onde então
Depois de viver o que vivi
Não há para onde fugir, não
Prefiro ficar aqui


Arménio Cruz


2 comentários:

  1. Estimado Afilhado Arménio,
    Lindissimo poema onde expressa a sua vivência, infelizmente não muito feliz.
    Como eu compreendo as suas palavras o seu sentir, fugir nunca, mas sim encontrar sempre um novo dia cheio de esperança de luz e de amor.
    Abraço amigo muito sentido.

    ResponderEliminar
  2. AMIGÃO ARMÉNIO:

    Não tenho palavras para poder agradecer o teu belíssimo poema.É claro que a qualquer um (uma) apetece de vez em quando, pelo menos, desaparecer; na maioria das vezes não se sabe para onde, nem porquê, nem se valeria a pena; somente desaparecer.
    Mas mesmo quando passamos da vontade à acção, a vida não acaba com as causas dessa vontade num passe de mágica e quando voltamos, constatamos, tristemente, que quase nunca vale a pena, pois os problemas ficaram à nossa espera.AMIGO TE ENTENDO MUITO BEM O QUE SENTES.Beijinhos

    ResponderEliminar

Todos os leitores podem comentar.