Imploro
Imploro assim sentado
Nesta cadeira pregado
Com a alma já doente
De tanto implorar
De tanto orar
Estou a ficar descrente
O tempo passa a custo
E a vida é um susto
Neste comboio fantasma
Mesmo sem ir à feira
Eu vivo terror à minha beira
Dor, substantivo abstracto
E eu dele já estou farto
De tanto a sentir
Já nem a sinto
Até parece que minto
Este som mete medo
Este ruído em segredo
Que me destrói e esmaga
É um silêncio que enlouquece
A alma que envelhece
E o coração que se apaga
Nesta poluição sonora
De silêncio a toda a hora
Eu sinto-me definhar
No abismo da incerteza
Eu imploro como quem reza
Para ELE me acompanhar
Estimado Afilhado Arménio,
ResponderEliminarLindo poema, e como eu o soube interpretar, mas não perca a esperança, pois essa é sempre a última a morrer.
Compreendo bem a sua agonia a sua tristeza, a sua dor, mas Deus é grande, se o não recompensar cá na terra, por certo junto Dele terá uma vida cheia de amor de comempreensão e de carinho.
Abraço poético cá do padrinho Cambeta
OBRIGADO PELAS PALAVRAS PADRINHO.
ResponderEliminarAQUELE ABRAÇO FORTE
Ahahah Adorei!! Agora já sei de que lado da família vem o meu lado poético!
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