Este é um blog onde dou a conhecer a minha poesia e assuntos relacionados com pessoas com deficiência

domingo, 24 de outubro de 2010

VISÕES DE AMOR




VISÕES DE AMOR


Hoje vi-te tão bela
Passeando numa ruela
Correndo com alegria
Na boca um belo sorriso
Olhando o céu todo liso
Ameaçando que chovia

O vento soprava forte
Era vento norte
Que fazia esvoaçar
Os lindos cabelos teus
Seguidos pelos olhos meus
E o coração a palpitar

E como palpitava o coração
Guiado pela emoção
Do que viam os olhos meus
Uma silhueta moldada pelo vento
Eu, de alegria quase rebento
Com tal visão, oh… Deus!

São visões p’ra recordar
Com o pensamento a voar
Por entre nuvens de algodão
Eu vejo a tua silhueta
Na linha do horizonte direita
Com uma chama de emoção

Cada vez mais me convenço
De que és o meu universo
Na constelação do amor
És o Sol que me aquece
E que em mim estabelece
Uma forte onda de calor

És a luz e o calor
És a mais bela flor
Deste meu jardim
Num vaso te vou colocar
Para te poder deslocar
E ter-te sempre junto a mim


Arménio Cruz

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

AMIGO / PORTO DE ABRIGO





AMIGO / PORTO DE ABRIGO


Bem novo partiu
E sabe Deus o que sentiu
Ao deixar o seu ninho
Na flor da mocidade
Com o aperto da saudade
Lá seguiu o seu caminho

Foi militar e marinheiro
Amigo e companheiro
E fiel às obrigações
Combateu a corrupção
Com rigor e abnegação
E por isso as condecorações

Neste grande continente
Lançou a sua semente
Numa seara de amor
Cultivada com paixão
Adubada com o coração
Desabrochando em flor

Neste percurso fez um atalho
Quando à Tailândia foi a trabalho
E por lá continuou a plantação
Passados nove anos da primeira
Nunca descorando a carreira
Da sua patente de capitão

Aqui se enamorou de uma Sereia
E na praia rebolaram na areia
Num abraço carinhoso
O amor os agarrou fortemente
E amam-se ardentemente
Num envolvimento amoroso

Desta sereia se enamorou
E aí também plantou
Uma Seara de belas flores
Nasceram três filhas belas
Três princesas singelas
Que são os seus amores

Tem por isso dois ninhos
No amor fez dois caminhos
Este alentejano atrevido
Sempre presente e atencioso
Vive feliz e vaidoso
Como amante e marido

Homem de muita amizade
E de grande honestidade
Que me honra ser amigo
Gosto de com ele dialogar
E nas tardes conversar
Fazendo o meu porto de abrigo

Por muito ter viajado
E pelos céus voado
Conta histórias de encantar
Com ele tenho viajado e aprendendo
Sobre tudo o que vai escrevendo
E que tão bem sabe contar

Quero com isto agradecer
E de certa forma fortalecer
Esta amizade completa
Que eu nutro por este amigo
Que nas tardes é o meu porto de abrigo
E dá pelo nome de Cambeta


Arménio Cruz                 Março de 2008




Obs.:  Poema escrito como forma de agradecimento pela amizade do meu amigo e padrinho     Cambeta.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Padeira de (Aljubarrota) Malaqueijo




Padeira de (Aljubarrota) Malaqueijo



Nesta nobre profissão
Que é o fabrico do pão
Eu conheço a Otília
Gosta do que faz
Trabalha com o seu rapaz
E adora a família


O seu rapaz é o Alfredo
Homem trabalhador e sem medo
Que do nada fez um império
Ajudado por essa padeirinha
Que aprendeu a trabalhar a farinha
E os dois são um caso sério


É uma honra para mim
Ter uns amigos assim
O próximo gostam de ajudar
Pura e simples amizade
Simples e sem vaidade
A sua forma de amar


De Aljubarrota outrora
Para Malaqueijo agora
A bela padeirinha
Na arte de fazer pão
Com empenho e devoção
Salpicada de farinha


Malaquejo ou Aljubarrota
Não é isso que importa
Neste comparar
Qualquer uma é guerreira
E mulher de primeira
Pela vida a lutar



Arménio Cruz                              Agosto de 2000


Poema dedicado aos meus amigos, Otília e Alfredo.