Este é um blog onde dou a conhecer a minha poesia e assuntos relacionados com pessoas com deficiência

terça-feira, 14 de setembro de 2010

NEVOEIRO DA VIDA


                      NEVOEIRO DA VIDA



Sentado e acordado na vida
Qual pensador em desespero
Tentando sarar a ferida
Que o consome como bicho o pêro


Essa ferida sem chaga
Que lhe ataca a mente
Luta o herói contra a praga
Como guerreiro bravamente


É uma guerra de todo injusta
Duma violência amarga
É a derrota que mais o assusta
Por isso a luta ele não larga


Luta e luta desesperadamente
Perdido neste nevoeiro
Que é a vida quase ausente
Sem norte e sem paradeiro


O nevoeiro é intenso
E é difícil seguir caminho
Neste labirinto denso
Que o faz ficar sozinho


Resistindo à intempérie
Que é o nevoeiro que da vida emana
Luta porque a vida ele quer
Nesta espera Sebastiana




Arménio Cruz

4 comentários:

  1. Obrigado amigo Cambeta pelas suas mágicas palavras!...
    Vindo de si, é um grande incentivo para continuar com meu blog.

    Aquele abraço

    Arménio Cruz

    ResponderEliminar
  2. Arménio:
    Adorei ler os teus poemas.Continua. Força amigo. Tudo se vence na vida. Não é fácil. Eu sei. A tua força está dentro de ti e com ela podes expandir para todo o mundo.A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro mas podem ser livres para voar.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  3. Meu amigo Arménio,adorei suas poesias.Parabéns ! Um abraço amigo da Rosaura.

    ResponderEliminar
  4. Tantos nevoeiros eu passei no mar, mas como diz o ditado depois da tempestade vira sempre a bonança, mas não é fácil viver no nevoeiro, quando a aurora nem se vislumbra, mas tentamos sempre ir ao encontro dela com esperança.
    Um poema que diz imenso, e reflecte esse nevoeiro que existe dentro de si, e já dizia o poeta

    Pessoa considera Portugal num estado letárgico, indefinido, como um manto de nevoeiro. Por isso ele diz “Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, / Define com perfil e ser / Este fulgor baço da terra / Que é Portugal a entristecer –“. É a tal “crise de identidade” que refere na sua pergunta. É uma crise tão profunda, tão sedimentada, que não haverá nenhuma mudança pelo governo dos homens. Nem a guerra – mudança das mudanças – poderá demover Portugal do seu triste estado.

    Como um “brilho sem luz”, Portugal vive, mas é uma vida triste e inconsequente, sem destino.

    Que o sol brilhe em seu olhar são os votos deste seu sempre amigo.

    ResponderEliminar

Todos os leitores podem comentar.