NEVOEIRO DA VIDA
Sentado e acordado na vida
Qual pensador em desespero
Tentando sarar a ferida
Que o consome como bicho o pêro
Essa ferida sem chaga
Que lhe ataca a mente
Luta o herói contra a praga
Como guerreiro bravamente
É uma guerra de todo injusta
Duma violência amarga
É a derrota que mais o assusta
Por isso a luta ele não larga
Luta e luta desesperadamente
Perdido neste nevoeiro
Que é a vida quase ausente
Sem norte e sem paradeiro
O nevoeiro é intenso
E é difícil seguir caminho
Neste labirinto denso
Que o faz ficar sozinho
Resistindo à intempérie
Que é o nevoeiro que da vida emana
Luta porque a vida ele quer
Nesta espera Sebastiana
Arménio Cruz
Obrigado amigo Cambeta pelas suas mágicas palavras!...
ResponderEliminarVindo de si, é um grande incentivo para continuar com meu blog.
Aquele abraço
Arménio Cruz
Arménio:
ResponderEliminarAdorei ler os teus poemas.Continua. Força amigo. Tudo se vence na vida. Não é fácil. Eu sei. A tua força está dentro de ti e com ela podes expandir para todo o mundo.A verdadeira deficiência é aquela que prende o ser humano por dentro mas podem ser livres para voar.
Beijinhos
Meu amigo Arménio,adorei suas poesias.Parabéns ! Um abraço amigo da Rosaura.
ResponderEliminarTantos nevoeiros eu passei no mar, mas como diz o ditado depois da tempestade vira sempre a bonança, mas não é fácil viver no nevoeiro, quando a aurora nem se vislumbra, mas tentamos sempre ir ao encontro dela com esperança.
ResponderEliminarUm poema que diz imenso, e reflecte esse nevoeiro que existe dentro de si, e já dizia o poeta
Pessoa considera Portugal num estado letárgico, indefinido, como um manto de nevoeiro. Por isso ele diz “Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, / Define com perfil e ser / Este fulgor baço da terra / Que é Portugal a entristecer –“. É a tal “crise de identidade” que refere na sua pergunta. É uma crise tão profunda, tão sedimentada, que não haverá nenhuma mudança pelo governo dos homens. Nem a guerra – mudança das mudanças – poderá demover Portugal do seu triste estado.
Como um “brilho sem luz”, Portugal vive, mas é uma vida triste e inconsequente, sem destino.
Que o sol brilhe em seu olhar são os votos deste seu sempre amigo.